Depois de mais de dois anos de governo, o presidente Lula (PT) volta a sua atenção para Minas Gerais e participa de três agendas importantes que sinalizam para o avanço da reforma agrária e o fortalecimento da indústria no Brasil.
Em Campo do Meio, no seio de um dos maiores conflitos agrários no país, o presidente assinou decreto de desapropriação de uma grande área que há 27 anos tem sido um espaço de construção coletiva e produção de alimentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Terras que anteriormente estavam abandonadas e sem cumprir com a sua função social.
Nessa semana, em Betim, Lula inaugurou o maior centro de mobilidade híbrida-flex da América Latina. E, em Ouro Branco, anunciou investimentos na indústria de produção de aço.
Governador quer privatizar empresas e hospitais
Nessas últimas visitas, esteve presente o atual governador Romeu Zema (Novo). Na ocasião, Zema e Lula trocaram farpas. Lula não deixou barato o comentário do governador de Minas, que afirmou que não precisa de um grande time no seu governo, somente 14 secretarias para fazer uma gestão eficiente. Lula respondeu que o importante não é a quantidade e sim a qualidade desse time e ainda termina lembrando ao Zema que a economia do país tem crescido, em média, 3% ao ano, diferente do que acontecia no governo anterior, de Bolsonaro, apoiado por Zema.
Governo eficiente?
O que o Zema chama de gestão eficiente? Seria o aumento do seu próprio salário e do secretariado em 300%? Ou a recusa em zerar o ICMS de produtos da cesta básica como fez o governo federal? Ou, o seu projeto de vender as empresas mineiras e fechar o bloco cirúrgico do Hospital Maria Amélia Lins, referência nas cirurgias ortopédicas? Ou, seria eficiente sucatear os hospitais e anunciar a terceirização?
Outros hospitais estão na mira do governador, como o João XXIII, o Hospital Infantil João Paulo II e Hospital Eduardo de Menezes, entre outros hospitais da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG). Todos sofrem com longas filas de espera e falta de condições de trabalho.
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E o sucateamento não atinge só a saúde. Tem sido a tônica também da educação, com o fechamento de escolas e desvalorização dos trabalhadores, além da sanha em vender a Cemig e a Copasa.
Eleições de 2026
O presidente Lula sabe da importância do segundo maior colégio eleitoral do Brasil e a sua presença no estado reforça isso. Minas Gerais tem sido um dos estados que mais tem recebido investimentos do governo federal.
Esse encontro antecipa o que vai ser a disputa eleitoral em 2026, pois Zema não pode se candidatar à reeleição e tenta ser um nome relevante para a corrida presidencial.
Porém, o comedor de banana com casca, tem tido um desempenho irrelevante nas pesquisas eleitorais e tem sido escanteado pela extrema-direita. Em seu desespero para ter relevância tenta criar um clima de rivalidade com o presidente Lula, que, no entanto, segue à frente em todas as pesquisas, em diferentes cenários testados para as eleições de 2026.
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