Os Estados Unidos sancionaram nesta sexta-feira (21) a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner e o ex-ministro do Planejamento Julio Miguel De Vido por “corrupção significativa”, informou o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Como consequência, eles e seus “familiares” mais próximos estão proibidos de entrar em território estadunidense, afirma em um comunicado.
O governo do presidente Donald Trump, próximo do mandatário argentino ultraliberal Javier Milei, acusa ambos os políticos de “participação em corrupção significativa durante seu tempo na função pública”.
Os dois “abusaram de suas posições ao orquestrarem e se beneficiarem financeiramente de múltiplos esquemas de suborno relacionados a contratos de obras públicas, resultando em milhões de dólares roubados do governo argentino”, disse Rubio.
O secretário de Estado acrescenta que Kirchner e De Vido minaram “a confiança do povo argentino e de quem investe no futuro” do país sul-americano. Cristina Fernández de Kirchner, de 72 anos, é o principal nome da oposição a Milei e preside o Partido Justicialista (peronismo).
Em novembro, a Câmara Federal de Cassação Penal ratificou uma decisão em primeira instância que condenou a ex-presidente a seis anos de prisão e à inabilitação política por administração fraudulenta. Caso essa decisão seja confirmada pela Corte Suprema de Justiça da Nação, Cristina não cumpriria pena na prisão por ser maior de 70 anos.