Trabalhadores e trabalhadoras de todo o país se reunirão em Brasília, no dia 29 de abril, para a Marcha da Classe Trabalhadora. A mobilização é organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais sindicais. O evento reunirá milhares de trabalhadores de diversas categorias, com o objetivo de defender os direitos dos trabalhadores e reivindicar por condições melhores no mercado de trabalho. A mobilização será realizada no Eixo Cultural Ibero – Americano (antiga Funarte), próximo a Torre de TV.
Os manifestantes se reunirão a partir das 8h em uma plenária para aprovar a atualização da pauta, contemplando os anseios de trabalhadores rurais e urbanos, do serviço público e privado. Em seguida farão uma marcha até a Esplanada dos Ministérios, onde entregarão simbolicamente a pauta da classe trabalhadora para os parlamentares, o Poder Judiciário e presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre as reivindicações da marcha, está o fim da escala 6×1. O movimento pleiteia a redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, por meio da aprovação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que visa diminuir a carga horária semanal para 36 horas.
A central também exige a isenção do Imposto de Renda para aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês, medida que busca aliviar a carga tributária para os trabalhadores de menor renda. A marcha visa pressionar o governo e o Congresso Nacional a atenderem essas demandas e outras pautas para os trabalhadores, como a revogação das reformas Trabalhista e da Previdência, a valorização do salário mínimo, a ampliação dos direitos trabalhistas e a geração de mais empregos formais.
A CUT e seus aliados veem a mobilização como essencial para a construção de um Brasil mais justo, onde os direitos da classe trabalhadora sejam respeitados e ampliados, de acordo com Rodrigo Rodrigues, presidente da CUT-DF. “Este é um movimento muito importante, que é parte de uma jornada das centrais em relação ao 1º de maio”, afirma. Antes da plenária geral no dia 29, acontecerão debates em todos os estados, organizados pelos sindicatos junto às suas bases, em que serão discutidos os anseios da classe trabalhadora.
Rodrigues reconhece os avanços que foram frutos do mesmo evento no ano passado e ressalta as novas necessidades. “Nós vamos atualizar este ano, colocando a nova realidade, a nova leitura de conjuntura, mas também pressionando para o que não avançou do ano passado para este ano, para que possamos fortalecer a nossa luta”, explica.
Renato Zulato, secretário-geral da CUT, compartilha que o movimento será não só uma reivindicação por direitos, mas também um resgate que fortalecerá a luta sindical.
“Essa Jornada de Lutas da Classe Trabalhadora e todas as atividades que estão sendo construídas nesse período têm o objetivo de retomar uma tradição histórica do movimento sindical brasileiro, de combinar ações nacionais com ações nos territórios das cidades, do campo e das florestas, valorizando o caráter nacional da classe trabalhadora a partir da diversidade”, aponta.