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Capacho dos EUA, Moro elogia discurso de Trump após ele dizer que não está nem aí para o Brasil

Senador exaltou “liberdade de expressão” e ignorou ataques à soberania e a tratados internacionais

O senador paranaense Sérgio Moro (União) foi uma voz isolada entre as autoridades do Paraná ao elogiar a posse do presidente dos EUA Donald Trump. Ele elogiou a defesa dos interesses norte-americanos, os ataques à migração e disse torcer para que o discurso encontre eco em terras brasileiras. Sérgio Moro ignorou fala de Trump rebaixando os interesses econômicos brasileiros e os decretos que tiram o país tanto da OMS quanto do acordo de Paris.


Tweet do senador Sérgio Moro sobre o discurso de Donald Trump, um dos assuntos sugere tratar o tráfico de drogas como terrorismo. / Reprodução internet / x.com

Em seu pronunciamento, Trump disse “eles precisam mais de nós do que nós precisamos deles” ao se referir ao Brasil. O extremista ainda voltou a ameaçar os BRICS com taxação de 100% dos produtos caso optem por adotar moeda que não seja o dólar. Além disso, o presidente americano assinou decreto deixando o Acordo de Paris, que trata do clima, e da OMS, importante organismo internacional que, por exemplo, deu orientações sobre a Covid. 

O novo presidente ainda falou em expulsar imigrantes ilegais, atacou o Golfo do México e mostrar tendências imperialistas ao dizer que pode tomar o Canal do Panamá e a Groenlândia.

Mesmo assim, em publicação no fim da tarde de ontem (20), o senador exaltou falas de Trump, entendendo que “o discurso teve pontos importantes, em especial o fim da política de censura e a retomada da liberdade de expressão. Chamou igualmente a atenção a defesa do restabelecimento da lei e da ordem contra o crime, o que é urgente também no Brasil”.

Alinhado aos interesses dos EUA desde quando era juiz de primeira instância no Paraná, Moro disse que “esperemos que influencie positivamente a nossa própria política interna”.


Leia outros artigos de Manoel Ramires em sua coluna no Brasil de Fato PR.


*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

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