Sábado, dia 5 de abril de 2025, tem barracas temáticas, tem panfletos educativos, tem atendimento em saúde única, tem educação ambiental transformadora, tem 80 estudantes e tem muita animação!
Foi assim o lançamento do Projeto Rondon Parques, Sustentabilidade e Saúde no Parque Américo Renné Giannetti, em Belo Horizonte. Uma parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a associação do Projeto Rondon de Minas Gerais, que tem como objetivo atingir as comunidades do entorno e os visitantes de 60 parques para trabalhar com temas importantes para a educação ambiental e a preservação dos espaços públicos de lazer e cultura da cidade.
A experiência e a capacidade do Projeto Rondon Minas em realizar diagnósticos participativos de comunidades e de mobilização social, utilizando a metodologia do trabalho comunitário, foi o motivo que desencadeou a ação conjunta com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. Que deseja inserir a população da cidade como corresponsáveis pela política pública local e o engajamento nas causas importantes para a manutenção dos parques da cidade.
Parque e educação ambiental
Por meio desse trabalho, ao longo do ano de 2025, será possível realizar uma ampla sensibilização da população usuária dos parques de Belo Horizonte e moradores do seu entorno. Preparando-os para serem agentes ambientais de proteção da fauna, da flora e da estrutura física dos parques. E como educadores, contra o abandono de animais domésticos e exóticos. E como agentes de prevenção de queimadas nesses territórios.
Projeto vai sensibilizar famílias do entorno dos parques
Uma ampla divulgação sobre a importância dos parques naturais no contexto urbano, aliado a ações de educação ambiental, pode sensibilizar as pessoas sobre a importância do parque e da sustentabilidade para a preservação da saúde física e mental da população.
A ação de mobilização social e educação ambiental será realizada pelas equipes de rondonistas. Universitários, técnicos e professores estarão em 60 parques municipais, abrangendo grande parte da população da cidade. Por meio dessa abordagem, também realizaremos pesquisas de opinião e de levantamento de dados sobre o perfil dos usuários e não-usuários e suas relações com esses equipamentos municipais.
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A cada atividade in loco podem ser alcançados por volta de 600 residências, cerca de três mil pessoas em cada território visitado. O trabalho envolve 100 voluntários universitários a cada sábado de ação em campo.
Etapas
As ações do Projeto Rondon Parques, Sustentabilidade e Saúde são divididas em duas etapas, a saber: (a) preparação e formação de equipes e (c) execução e avaliação das ações de campo.
Na etapa de preparação, o Projeto Rondon Minas realiza a mobilização e captação de estudantes, técnicos e professores para atuarem voluntariamente nas ações nos parques.
Os alunos selecionados recebem um Programa de Capacitação que envolve as temáticas relacionadas aos parques municipais e à metodologia de trabalho comunitário. A capacitação será de responsabilidade de técnicos do Projeto Rondon Minas e de representantes da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e do setor de zoonose da Secretaria Municipal de Saúde, além de orientações do departamento de meio ambiente da Guarda Municipal.
A segunda fase consiste no trabalho de campo, o qual os rondonistas farão ações de mobilização/sensibilização nas residências do entorno dos equipamentos, conversando com a população e distribuindo material educativo.
E realizando ações socioeducativas de saúde, educação ambiental e formação para a cidadania nas áreas internas dos parques junto à população usuária. As ações nos parques acontecem de 15 em 15 dias em dois parques por fim de semana. Nesta etapa de avaliação está previsto a realização de seminários com a participação das entidades envolvidas no projeto e a população da cidade.
Um diferencial do Projeto Parques, Sustentabilidade e Saúde é a meta de capacitar 500 universitários, professores e técnicos nas ações de educação ambiental transformadora, preparando essa geração para o engajamento nas causas socioambientais que são urgentes para a nossa sociedade.
Com o Projeto Parque, não tem só brincadeira, passeio e descanso nos parques municipais, tem também educação ambiental.
Monica Abranches é assistente social, mestre em Educação, doutora em Geografia, presidente da Associação do Projeto Rondon de Minas Gerais e vice-presidente do Instituto Projeto Rondon Nacional & Lucas Belchior Souza de Oliveira é médico veterinário, mestre em Biologia de Vertebrados, doutorando em Ciência Animal e conselheiro da Associação do Projeto Rondon de Minas Gerais.
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Este é um artigo de opinião, a visão dos autores não necessariamente expressa a linha editorial do jornal.