O trigo é um dos alimentos que mais se relacionam com a história da humanidade. Esse foi o primeiro cereal a ser domesticado, nos primórdios da agricultura, na região do Oriente. Atualmente a produção de trigo é a segunda maior do mundo, perdendo apenas para o milho e a frente do arroz.
Apesar de ser um alimento muito antigo e nutritivo, o trigo passou a ser “vilão” a partir de algumas dietas da moda – sem glúten, lowcarb, cetogênica. Todas essas formas de se alimentar são estratégias benéficas desde que estejam de acordo com as necessidades do indivíduo que a está seguindo.
Por exemplo, restrição de glúten é necessária para celíacos; lowcarb ou cetogênica podem ser interessantes para pessoas com o objetivo de perda de peso em um período curto de tempo ou que tenham dificuldade na metabolização de carboidratos. Fora isso, não há motivo para tornar o trigo um ingrediente mal visto.
Existem 21 espécies de trigo, sendo cinco delas cultivadas comercialmente e apenas três são consideradas mais importantes economicamente.
Uma dessas espécies, o trigo durum dá origem ao trigo para quibe, triguilho ou bulgur. Os grãos integrais dessa espécie de trigo são submetidos ao cozimento, depois secos e finalmente moídos para formarem pequenos pedaços semelhantes a grãos de arroz quebrados. Essa espécie apresenta alto teor de glúten e por isso confere maior firmeza após o cozimento.
O triguilho concentra todas as propriedades nutritivas do cereal integral, é rico em fibras, vitaminas do complexo B, zinco, potássio, magnésio e apresenta propriedade antioxidante pelo teor de vitamina E e selênio.
Auxilia no controle do peso ao proporcionar maior sensação de saciedade e estimular o funcionamento intestinal, devido à presença de fibras, além de ajudar no controle da diabetes, já que o consumo de cereais integrais evita picos de alta e baixa nos níveis de açúcar no sangue.
Como o triguilho é um cereal, pode ser usado como substituto do arroz, além de ser usados em preparações como tabule e quibe. Os quibes tradicionais geralmente são feitos com carne, mas é possível fazer outras receitas com legumes e que ficam especialmente saborosas e nutritivas. Que tal experimentar o quibe de abóbora?
QUIBE DE ABÓBORA
Ingredientes:
1 colher de chá de azeite ou óleo de coco extra-virgem;
100g de trigo pra quibe;
300g de abóbora japonesa;
1 alho-poró cortado em fatias finas;
1 colher de chá de cúrcuma;
1 colher de chá de cominho;
1 colher de chá de sal;
1 colher de sobremesa de gengibre ralado ou em pó;
Coentro fresco picado.
Como fazer:
Deixe o trigo para quibe de molho em 2 copos de água morna por 15 minutos; cozinhe a abóbora no vapor por 15 minutos, bata no liquidificador e reserve.
Em uma panela, esquente o ghee (ou o óleo escolhido), coloque o gengibre e refogue. Adicione os temperos em pó e o alho-poró, refogando-o até ficar dourado. Junte a abóbora e acrescente o sal.
Misture tudo com a farinha do quibe (retire a água de molho e esprema a farinha para sair o excesso) e coloque em uma assadeira untada.
Leve ao forno pré-aquecido a 180 graus por 25 minutos.
Salpique o coentro fresco sobre o prato e sirva.