Igualdade de direitos, reparação histórica, fim do genocídio. O primeiro Mês da Consciência Negra sob o governo de Jair Bolsonaro não impõe novas bandeiras de luta, mas uma reafirmação da necessidade histórica de enfrentamento ao racismo em todas as suas dimensões.
Passados 130 anos da abolição da escravatura, negros e negras continuam vulneráveis à violência, são maioria entre os encarcerados, seguem preteridos no mercado de trabalho, com dificuldade de acesso à educação, e integram as camadas mais pobres da sociedade. Se conseguem romper essa estrutura, é porque muitos tombaram pelo caminho, e hoje iluminam os passos dos que caminham rumo a um horizonte mais justo e fraterno.
Para celebrar este 20 de novembro, o Brasil de Fato reúne materiais produzidos de Norte a Sul do país que valorizam a cultura e a ancestralidade do povo negro e sua luta para superar a herança de três séculos de escravidão.
Apesar do avanço do conservadorismo nos últimos anos, o desafio é o mesmo desde que o primeiro navio negreiro ancorou no país. Como demonstrou a filósofa estadunidense Angela Davis, “em uma sociedade racista, não basta não ser racista: é preciso ser antirracista”.