A partir desta sexta-feira (2), pessoas que já receberam o auxílio emergencial, em 2020, poderão consultar, no sistema do governo e da Caixa Econômica Federal, se estão nos cadastros da segunda rodada de pagamentos do benefício.
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Inicialmente, a consulta prévia seria liberada nesta quinta-feira (1º), mas foi adiada para o dia seguinte. Em nota, a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (Dataprev) informou que "a nova data foi definida em função de alinhamento dos três canais de atendimento dos três órgãos envolvidos diretamente no programa: Ministério da Cidadania, Dataprev e Caixa Econômica Federal".
Quatro parcelas e valores reduzidos
A previsão é que o benefício atenda cerca de 30 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade social. Serão pagas quatro parcelas com valores que variam entre R$ 150 e R$ 375.
O valor por família é de R$ 250, com as variações para as especificidades de R$ 375 para mulher chefe de família monoparental e R$ 150 para pessoas que moram sozinhas.
Pagamentos
O calendário prevê o dia 6 de abril para início do recebimento para as pessoas registradas no Cadastro Único (CadÚnico) e os que se inscreveram por meio do site e do aplicativo do programa. As pessoas que fazem parte do Bolsa Família começam a receber a partir do dia 16 de abril.
A Dataprev informa ainda que não serão aceitos novos pedidos para inclusão no benefício.
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Em 2020, o auxílio atendeu cerca de 68 milhões de trabalhadores em situação de vulnerabilidade social, as parcelas iniciais eram de R$ 600, e depois foram reduzidas para R$ 300.
Como fazer a consulta?
Para saber se foi contemplado, basta acessar o site e informar o CPF, nome completo, nome da mãe e data de nascimento. Outra forma de buscar essa informação é acessando os canais da Caixa ou pelo telefone 111.
Realidade
O Instituto Locomotiva, em parceria com a Central Única de Favelas (Cufa), realizaram a pesquisa A Favela e a Fome, em comunidades pelo país. O estudo apontou um agravamento da fome em meio a pandemia do novo coronavírus.
O levantamento mostra que os moradores de 76 comunidades pesquisadas fazem atualmente 1,9 refeições por dia, em média. Ou seja, a maioria das pessoas nessas localidades não conseguem ter café da manhã, almoço e janta.
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A pesquisa ouviu 2.087 pessoas, em fevereiro, e revela que 68% delas teve a alimentação prejudicada em meio à pandemia – com parcela importante chegando a passar fome. Em pesquisa semelhante, feita em agosto de 2020, esse percentual era de 43%.
Apesar do governo federal dificultar o acesso ao auxílio emergencial, outro aspecto que ressalta a necessidade do auxílio emergencial é a taxa de 14,2% de desemprego no país. Esse dado foi apresentado nesta quarta-feira (31) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Edição: Daniel Lamir